Um pai, o amor e mil nomes1  

Núcleo de Pesquisa e Investigação da Clínica de Psicanálise com Crianças – PANDORGA 2
Comentário: Ana Viganó
 

"todos nascemos filhos de mil pais e de mais mil mães, e a solidão é sobretudo a incapacidade de ver
qualquer pessoa como nos pertencendo, para que nos pertença de verdade e se gere um cuidado mútuo”
Valter Hugo Mãe
 


Fred Stapazzoli, sem título, 2022. Óleo sobre tela, 64x57cm 

Trazemos para esta conversação, neste texto, nosso trabalho em torno de questões que têm surgido no Núcleo Pandorga a partir de sua pesquisa própria, que vai se constituindo com o furo de saber que nos oportuniza a temática da NR Cereda Brasil, e também do tema que propõe o ICPOL-SC. De nossa pesquisa a partir do tema “A diferença sexual”, um ponto teórico fica como resto, a formulação de Marie-Helene Brousse: “o amor zomba da diferença sexual”, que pôde se enlaçar ao X Enapol - “O novo no amor: modalidades contemporâneas dos laços”, do qual derivou o tema do ICPOL-SC: “Amor e seu avesso: novos laços”. Mas já sob os efeitos do tema do biênio 2021-2023 “Sexuação: A criança e seus pais”. 

É desse entrelaçamento teórico que emerge nossa escolha pela obra O filho de mil homens de Valter Hugo Mãe. O livro é dedicado “às crianças” e nos traz elementos para pensarmos a paternidade, a maternidade, o desejo por um filho, por uma filha e o amor. 

Prosa poética publicada em 2011, dividida em vinte contos que se enlaçam a cada capítulo, os quais, como peças soltas num enredo, perpassam uma vila litorânea fictícia, o pescador Crisóstomo, a enjeitada Isaura, o órfão Camilo e o “maricas” Antonino dão o tom do que Hugo Mãe nos propõe como: “A família também se inventa”.  

Invenção que, a partir dos elementos que compõem o enredo ficcional de cada um dos personagens, encontra no núcleo familiar, de laços não sanguíneos, seu lugar no desejo do Outro. Como nos diz Miller em seu texto A invenção Psicótica: “[...] o sentido do termo invenção é, nesse caso, o de uma criação a partir dos materiais já existentes. Eu atribuiria de boa vontade à invenção o valor da bricolagem.”3 Objetos que se articulam num arranjo provisório, possibilidades de bricolagens nos arranjos familiares. 

Miller em Assuntos de família no inconsciente, quando discute a descontinuidade entre natureza e família, nos coloca a família como tendo origem no mal-entendido, formada pelo Nome-do-Pai, pelo desejo da mãe e o objeto a. “A família é uma encarnação, o lugar do Outro se encarna na figura da família.”4 Na obra de Hugo Mãe, aqueles que se encontravam isolados ou segregados se unem compondo uma família, laços que vão sendo construídos. Isso se manifesta no livro na própria origem de Camilo, o qual é um menino órfão, de pai desconhecido e cuja mãe, anã, sofria muita violência por parte das vizinhas. Já os vizinhos, os maridos, mantinham relação sexual às escondidas com ela. Eram 15 homens e, portanto, eram 15 as possibilidades paternas biológicas. Sendo assim, ele precisou nascer duas vezes: uma no desejo de Alfredo, que o cria como neto, quem já viúvo o adota movido pelo desejo de sua mulher morta, Carminda, “a mulher oca”, e depois no desejo de Crisóstomo, o homem de 40 anos que desejava ter um filho para dizer “meu filho”, que pergunta a Camilo se ele "podia ser seu pai porque havia metade de si que apenas estaria completa quando tivesse um filho”5. Crisóstomo então “dizia às pessoas que vivia no bairro dos pescadores, porque era um pescador, e dizia que os amores lhe tinham falhado, mas que os amores não destruíam o futuro.”6 A partir da adoção de Camilo, a vida de Crisóstomo, “O homem que era só metade”, sofre mudanças. Camilo lhe diz que ele precisa ter uma mulher para ser o dobro que é. 

Nessa reorganização da família, Lacan em Nota sobre a Criança7 destaca a consequência de fazer aparecer uma nova dimensão da transmissão e sua irredutibilidade, e que sendo uma constituição subjetiva, implica a relação com um desejo que não seja anônimo. Da mesma forma, Roy em seu texto Pais exasperados – Crianças Terríveis, texto orientador para pesquisa dos Núcleos da NR Cereda/Brasil, nos aponta que na atualidade a transmissão não é mais uma transmissão automática de um nome e de uma autoridade. “Ela só existe vinculada a um desejo, enquanto encarnado, seja pela via de uma falta, seja pela nomeação na palavra. Há, aí, uma mudança de ‘eixo’ da função significante ligada ao termo família”8.  

Em Sociedade do Sintoma, Laurent nos coloca o lugar do pai como resíduo, pai não como norma, mas um ato. “O pai contemporâneo é um resíduo e um nome, em que continua em jogo o incomensuravelmente passional.”9 O que podemos comparar com a fala de Stephen em Ulysses quando lemos: "Um pai, combatendo a desesperança, é um mal necessário. [...] A paternidade, no sentido de uma geração consciente, é desconhecida do homem. É um estatuto místico, uma sucessão apostólica, de único genitor a único gerado. [...] A paternidade pode ser uma ficção legal. Quem é o pai de qualquer filho que qualquer filho deva amá-lo ou ele a qualquer filho?"10 

De que maneira podemos ler esse mal necessário relacionado ao amor e seu avesso? Na obra de Hugo Mãe, a partir da figura de Crisóstomo, uma possibilidade de discussão se assenta: “O homem que chegou aos quarenta anos deitava-se como louco a pensar que falhar nos amores não podia impedir a divisão, porque vivia dividido. Havia dentro de si, maduro, um amor pronto para entrega, um tesouro pertença de alguém que já não ele, e alguém teria de vir para o tomar.”11 O desejo do homem pelo filho. 

Assim podemos seguir no último ensino de Lacan sobre o pai, que por sua relação com uma mulher que causa seu desejo e com quem tem filhos, é um pai vivo. Um gozo que vivifica o desejo. Em RSI, Lacan define o pai, dizendo: “[...] um pai tem direito ao respeito e ao amor, somente se dito respeito e dito amor estão père-versement (pai-versamente) orientados, quer dizer, que faz de uma mulher objeto a que causa seu desejo.”12  

Nossa pesquisa com a obra de Hugo Mãe nos permitiu avançar teoricamente em direção ao père-versement. O “declínio da família conjugal” e a “crise psicológica que lhe é própria”, em razão do "declínio social da imago paterna”, como nos propõe Lacan já em 193813,  tem como efeitos, como podemos verificar em seu último ensino, o regime do não-todo, e o impacto disso nas crianças, mas este “declínio” faz de outro lado, abre espaço para o surgimento de outras versões de pai. “Nada de pai educador”, mas de “justo não-dizer”14. Isaura vê “Crisóstomo delicado, feito de uma virilidade equilibrada pelos sentimentos mais humanos."15  

A esse pai nada educado, mas de “justo-não dizer”, agregamos o que Lacan nos escreve na Nota Italiana tratando dos analistas e da psicanálise: “fazer o amor mais digno do que a profusão de palavrório que ele constitui até hoje”16, e o que ele nos fala no Seminário 21: “é preciso que a psicanálise saiba que se a psicanálise [ela] é um meio é no lugar do amor que se sustenta.”17. Amor em seu avesso. 

Comentário   

Ana Viganó (NEL/AMP)*

Do segundo texto, vou comentar algumas coisas a partir do que trabalha Laurent18 em uma conferência que deu na Faculdade de Psicologia da Universidade de Buenos Aires em uma de suas visitas. Podem encontrá-la na internet. Daí, vou tomar algumas coisas.  

“Um pai, o amor e os mil nomes”, lindíssima a obra, por certo, e o que foi recortado. O que tomarei da entrevista de Laurent e que me parece que serve para pensar, isto é, o que Lacan, em seu primeiro esforço de ler a Freud e depois para avançar um pouco mais, trabalha; o pai por fora do universal, o que é complicado, mas crucial para entender a nossa época. Complicado porque o pai e o universal têm uma relação íntima nas fórmulas da sexuação. É a exceção do pai o que funda o universal possível. Pensar o pai por fora do universal é pensar inclusive um pouco mais além das fórmulas da sexuação. Pelas fórmulas da sexuação é que Lacan introduz o feminino como novidade. É ir um pouco mais além. É preciso dizer que as fórmulas da sexuação são um condensado do qual irrompem ideias e temas para trabalhar. E talvez a ideia menos interessante seja o ordenamento dos sexos e como se pensa de um lado e de outro. Isso traz uma confusão genérica. Há mais que isso e talvez essa seja a perspectiva menos interessante a esta altura a ser transmitida para nós e para a época. Uma é a questão do pai e a questão dos laços de parentesco que está situada no ângulo superior esquerdo das fórmulas sob o “para todo x, Φ de x, existe um que não”, e a relação com a sua contraparte do lado direito. 

O esforço de Lacan de trabalhar a questão do pai passa do mais além de Freud por pensar a criança no laço com seus pais e a relação paixão amor-ódio dirigida a eles para o ponto de capitón deste trabalho, o pai por fora do universal. Como mostrou Miller, não se trata portanto de passar do pai, mas de pôr o acento sobre o pai enquanto existência particular. Diante do universal, a existência particular do pai. 

Lacan utilizou de forma radical a disjunção operada na lógica moderna que se separa da lógica de Aristóteles ao distinguir a definição de um termo de sua existência. Assim, por um lado, Lacan enuncia ou reformula a ideia freudiana segundo a qual o modelo de Deus é o pai, a relação da primeira identificação fundamental com o amor ao pai. Lacan reformula isso dizendo que a definição "todo pai é Deus" deve ser acompanhada da condição de que em sua existência nenhum pai seja Deus. Os dois ao mesmo tempo, diz Laurent. Verifica-se que todo pai é Deus com a condição de verificar a inexistência de tal pai. Um postulado, a inexistência particular disso. Por outro lado, diz Laurent, Lacan também utilizou outro caminho quando passa a definir o Nome do Pai a partir de uma função. A grande vantagem de uma função não é definir um todo, mas apenas um determinado domínio de aplicação. A função então só é definível a partir das realizações das variáveis ​​que constituem seu desenvolvimento. 

Assim, Lacan parte dos casos particulares dos pais. E é muito interessante aqui a declinação dos pais, um por um, ou seja, a indicação do não-todo para pensar o pai também e não só o feminino. Em alguns textos, o pai e o feminino convergem; por exemplo, em O Despertar da Primavera. Então, Laurent diz que Lacan parte dos particulares, dos pais, para falar do pai. Ser pai é ser um dos modelos de realização, um dos valores da função. Um por um. Lacan então começa um por um, diz Laurent, daqueles que se tornaram pais. Fala com o chiste francês que vocês citam, difícil de traduzir. Laurent nos diz: père-versión, pai-versão, que utiliza perversões, mas, ao contrário, como "versões do pai". E nos afirma Laurent: “faz estremecer um pouco as coisas”. Porque é bastante provocador falar de um pai perverso, perversamente orientado. E na época disso, temos que cuidar, nos discursos, quando saímos ao mundo a dizer “pai perversamente orientado”, porque pode ser muito mal entendido.  Faz estremecer um pouco as coisas. Mas, felizmente, diz Laurent, é uma frase que foi suficientemente boa, uma ironia também, para que agora estejamos mais sentados em nossas cadeiras e possamos ouvir isso sem ficar horrorizados. 

Mas a ideia de utilizar “perversamente orientado” quer dizer que faz de uma mulher, como bem dizem no trabalho, uma causa de desejo. Ou da mulher que causa o desejo, e isso é, diz, o menos perverso que podemos esperar de um homem. O menos perverso que podemos esperar é que se dirija a uma mulher. Ou seja, que é uma espécie de chiste do qual há que extrair o valor de verdade que tem. Diz Laurent que isso era para despertar um pouco ao público a função do gozo como tal. E é um forçamento, porque na realidade o desejo masculino é fetichista. Não é uma, é uma parte, e é um forçamento que deve ser feito através do amor. O homem se ata, então, diz Laurent, aos objetos a que causam seu desejo. O fetichismo é o estilo do amor masculino. Ao contrário, Lacan define o novo pai através de um fetichismo particular. Não se trata de um objeto como o falo materno, que existe, mas do objeto que uma mulher produziu. O objeto que uma mulher produziu, aquela mulher que causa seu desejo, torna-se um objeto para ele, se é pai. A criança como objeto a da mãe como objeto real, não mais vinculada à versão mãe. Deste objeto a o pai deve tomar um cuidado particular que se diz paterno. Esse cuidado deixa esse homem, que se ocupa dos objetos a de uma mulher, no lugar do sintoma, diz Laurent. E é o único ponto no qual o homem pode se tornar sintoma de uma mulher se ela já é mãe, enquanto que no caso geral da teoria é antes uma mulher que é um sintoma de um homem, segundo Laurent. O pai perverso situa-se então ao nível da particularidade do sintoma, aportando à particularidade do seu gozo para aquela mulher que é mãe. 

É a partir da performance particular, da mostração particular, que o pai pode dar ao sujeito acesso ao real do gozo em jogo. Trata-se do pai, como dizem neste trabalho, que toca o real. Ou seja, para o gozo da mãe e da criança. E isso nos dá uma indicação valiosa sobre o lugar do pai nas famílias recompostas. 

Como chegar ao real do gozo? Afirma Laurent: ao contrário da via ideal ou verdadeira. Lacan dá uma ideia de desempenhar o tipo de função de forma divertida: e-pater a sua família. O que se usa em francês é o privativo e, e pater, nesta expressão de Lacan. Lacan utiliza ao mesmo tempo a significação de impressionar, vislumbrar, iluminar, dar brilho e o significante como tal, que inclui um uso privativo da função pater. Ou seja, produzir uma espécie de admiração, mas indo na contramão do ideal. Não é o pater familias. É uma operação em que se trata de obter, diz ele, uma afeição particular que consiste em manter distância da crença segundo a qual "um pai pode ser pai para todos". Se é pai um por um. Se é um pai de um filho. A melhor maneira de traduzir isso é a função do carisma. E nisso, Laurent nos diz, não há função universal. Outra vez, é um por um, ou se tem, ou não se tem. Não há comitê que dê carisma, que atribua carismas. Não se ensina, não há título de carisma, não há universidade para isso. Não se pode decidir. Há carisma ou não há. E o carisma pode ser para o bem e para o mal. Esse e-pater, esse impacto, pode ser para melhor ou para pior. Pode ser para o bem ou para o mal. Não é necessariamente uma virtude ter carisma, mas é outra coisa que o universal. E assim, Lacan define a função do pai a partir disso. O pai é aquele que tem ou não carisma para a família. E Lacan é prudente, diz ele, em qualquer nível “o pai é quem deve impactar e-pater a família”. Se o pai da nossa época já não impacta mais a família, naturalmente algo melhor será encontrado. Não é obrigatório que ele seja o pai carnal, obviamente. Sempre haverá algo que impacte a família. Haverá outros ou outras coisas que a impactarão. 

 E Laurent conclui esta conferência com algo que me parece poder nos servir. Diz: “Quero propor-lhes um programa de trabalho”. E assim coloca: “trata-se de buscar caso a caso nas parentalidades de hoje e com os problemas clínicos com que as famílias se confrontam, o que é que atua suficientemente como exceção do lado mulher e do lado homem para definir um carisma necessário que surpreenda a família? Assim, proponho como investigação buscar nessas duas vertentes, feminino e masculino, como se encontra o que faz de pai na configuração dos gozos de hoje”. Parece-me que vem muito bem como proposta para seguir pensando estas questões o programa de trabalho de Laurent. 

Transcrição e tradução: 

Jussara Jovita Souza da Rosa
Marcia Frassão
Soledad Torres 


1. Artigo elaborado para a Conversação entre Núcleos, “Amor e seu avesso: novos laços”, realizada pelo ICPOL em 27 de novembro de 2021. O trabalho foi comentado por Ana Viganó, analista, membro da Nueva Escuela Lacaniana (NEL-México) e da Associação Mundial de Psicanálise (AMP) e sua transcrição, autorizada e revisada pela autora, acompanha o texto.

2. Texto escrito coletivamente por Jussara Jovita, Marcia Frassão, Eneida Medeiros, Gustavo Ramos, Soledad Torres e Valesca Lopes. Com as contribuições de Carolina Votto, Cor Mariae Lima, Daniel Wallace, FláviDesgrangesFrancielle SilvaHeliane de Lima, Lara Matos, Maria Luíza R. Cidade, Marina Risi, Patrícia L.Torriglia, Vera Lúcia M. da Costa, Vicky C. Martins. 

3. MILLER, Jacques- Alain. A invenção psicótica. Opção Lacaniana n.36, maio 2003, p.6.

4. MILLER, Jacques-Alain. Assuntos de família no inconscienteAsephallus, Revista Eletrônica do Núcleo Sephora, v. 2 nº4, maio a outubro, 2007, p.81.

5. MÃE, Valter Hugo. O filho de mil homens. 2º ed. São Paulo: Biblioteca Azul2016, p.18.

6.  Ibid, p.14.

7. LACAN, Jacques. Nota sobre a criança. In Outros Escritos. Rio de Janeiro: Jorge Zahar Editor, 2003. 

8. ROY, Daniel. Pais Exasperados- Crianças TerríveisNRCereda- Brasil. 2021. 

9. LAURENT, ÉricA sociedade do sintoma. A psicanálise, hoje.  Rio de Janeiro: Contra Capa Livraria, 2007, p.47.

10. JOYCE, James. Ulisses. Trad. De Caetano W. Galindo. São Paulo: Penguin Classics Companhia das letras, 2012.  p.367.

11. MÃE, op cit., p.165

12. LACAN, Jacques. O seminário, Livro 22, RSI, de 21 de Janeiro de 1975, inédito. 

13. LACAN, Jacques. Os complexos familiares na formação do indivíduo (1938). In: Outros escritos. Rio de Janeiro: Zahar Ed. p. 66 e 67

14. LACAN, Jacques. RSI. Le seminaire (1974-1975)inédito. p. 22 

15. MÃE, op cit., p.167.

16. LACAN, Jacques. Nota italiana (1973)In: Outros escritos. Rio de Janeiro: Zahar Ed.  p 315

17. LACAN, JacquesSeminário 21:  Los incautos no yerran (Los nombres del padre) (1973-1974). Inédito. s/p 

18. Conferência de Éric Laurent na Universidade de Buenos Aires: “As crianças de hoje e a parentalidade contemporânea”. Rádio Lacan, 2018. 

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